4 de julho de 2011

COPA AMÉRICA - Brasil 0 x 0 Venezuela - Acertos e Erros da Seleção Brasileira

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A seleção brasileira deixou muito a desejar em sua estreia, ontem, contra a Venezuela. Com as voltas de Pato e Ganso, somadas com a excelente fase vivida por Neymar, criou-se uma expectativa muito grande em torno dessa seleção na competição.

Avisados e precavidos sobre o perigo de uma formação demasiadamente ofensiva, jornalistas e especialistas na área expuseram os possíveis problemas que a seleção enfrentaria. Assim como eu mesmo fiz, no Conquistando a América (postagem Pré-Jogo, clique para entender).

Mano Menezes, não sendo diferente, também atentou a esses pontos, que no jogo de ontem, foram cumpridos pelo sistema brasileiro. Os homens de frente pressionavam a bola, desarmando ou retardando a transição ofensiva venezuelana, ainda no campo ofensivo. Resultado disso foram os 68% de posse de bola brasileira durante o jogo.

A primeira etapa para um bom jogo ofensivo era cumprida, como descrita anteriormente, porém a segunda não. Ao ter a bola, qualquer equipe deve tentar perturbar o sistema defensivo adversário, ao ponto de desestruturá-lo, ou para melhor entendimento, abrir espaços na defesa adversária por meio de passes, movimentações e/ou dribles. Esse é um processo que requer paciência, e que raramente foi visto durante todo o jogo.

Bolas em posse do trio ofensivo brasileiro eram perdidas em lançamentos precipitados para Pato (o único jogador a se movimentar). Esses lançamentos não obtinham êxito por serem efetuados diante de uma defesa estruturada. E isso não significa que a Venezuela tenha uma defesa forte e consistente, mas que a seleção brasileira nada fez para que ela se desestruturasse em momentos da partida.

A expectativa diante dessa seleção talvez tenha atrapalhado os jogadores de frente. Badalados, Neymar e Ganso tentaram, ontem, decidir o jogo em todas as jogadas, em todas as bolas. Esqueceram que o futebol é algo mais complexo do que parece, não basta jogá-lo, mas também entendê-lo.

Mano deverá puxar as orelhas de seus comandados, mostrando lances do jogo, acertos e erros, evoluindo assim as interações do sistema ofensivo brasileiro, sem esquecer é claro do sistema defensivo, que será mais exigido, sábado, contra o Paraguai.

Guilherme Carinhato
Equipe TAKTIKUS


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Um comentário:

  1. Excelente texto Guilherme, parabéns!

    Quem não está de parabéns é esse time. Time brasileiro estava muito estático, sem brilho, nervoso, principalmente Ganso e Neymar. Robinho se movimentava, mas pra nada. Ainda atrapalhavam o apoio dos laterais. Os volantes perdidos também, não acertavam os passes.

    Hoje, eu escalaria o time brasileiro num 4-1-4-1 (ou 4-1-2-3), com mais movimentação, com triangulações, que é o que pra mim falta nesse time, a formação é ofensiva demais? Depende justamente de como o time jogará, se queremos ter o verdadeiro futebol alegre que marcou a seleção canarinha, creio que um time do meio pra frente com Sandro (Lucas Leiva); Robinho, Lucas Silva, Ganso e Neymar; Pato, seria a melhor alternativa para obtermos isso.

    Abração!

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