4 de abril de 2011

Botafogo-SP 0 x 0 CORINTHIANS

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(Foto: Célio Messias)
Com alguns desfalques, o Corinthians foi a Ribeirão Preto enfrentar o Botafogo-SP, pelo Paulistão. O jogo foi fraco tecnicamente, com ambos os times tendo poucas oportunidades de gol.

Em síntese, o que se viu no Estádio Santa Cruz foi um Corinthians sem a posse de bola, sofrendo uma forte marcação em sua saída. O Botafogo trabalhava a bola no campo de ataque, explorando as descidas de seu lateral direto, Dida, que se aproveitava da ausência de um jogador corinthiano em seu acompanhamento naquele setor.

Sem Dentinho, Jorge Henrique e Alessandro, o Corinthians começou o jogo no esquema deixado por Mano Menezes. O 4-2-3-1. Cachito Rodriguez era o meia centralizado, enquanto Morais e Willian eram os wingers, pela esquerda e direita, respectivamente. Enquanto Morais e Rodríguez trocavam de posição todo o tempo, abrindo e preenchendo os espaços pela esquerda, o jovem Willian não conseguia fazer o mesmo do outro lado, e o sistema de jogo apresentava um claro desequilíbrio. Moradei, improvisado na lateral direita, não apoiava tanto quanto Fábio Santos, lateral de origem, na esquerda, contribuindo ainda mais para o desequilíbrio.

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Tite, percebendo que o lado direito do time se encontrava ineficaz, chamou a atenção de seus jogadores, refazendo o sistema tático. Logo com 25 minutos de primeiro tempo, já se percebia um novo posicionamento dos jogadores em campo. O Corinthians jogava, agora, em um 4-2-2-2. Willian deixou a direita e foi jogar ao lado de Liédson. Ele se movimentava, saindo da área, com a intenção de abrir espaços para possíveis lançamentos ao seu companheiro de ataque.

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Com o passar do tempo, o Botafogo passou a adiantar ainda mais a sua marcação. Rodriguez e Morais, se movimentavam e faziam quebras defensivas necessárias para iniciar o jogo ofensivo do time, mas a falta do último toque, a enfiada de bola, que serviria para desmontar a defesa, nunca aparecia.

No segundo tempo, observava-se uma marcação do time da casa extremamente alta. Além da marcação na saída de bola, a linha de defesa, em alguns momentos, se posicionava próxima do circulo central do campo, levando o ataque corinthiano para longe do gol. Nessas ocasiões, o espaço deixado nas costas da linha de defesa, pôde ser utilizado pelo adversário em infiltrações de meias e atacantes, munidos de passes em velocidade.

Morais, que deveria ser muito útil promovendo as infiltrações, buscava o jogo junto aos volantes, carregando a bola pelo meio campo. O time carecia de um meia armador para abastecer o ataque de movimentação (Liédson e Willian). Bruno César, entrou, talvez tarde. Morais, então, foi jogar mais junto aos atacantes. Enquanto isso, o Botafogo assustava com as descidas de Dida pela direita.

O Corinthians leva um ponto para casa, em um jogo em que detalhes poderiam fazer a diferença. Faltaram recursos ao desfalcado time. Uma bola em velocidade, uma ultrapassagem pela lateral, uma bola parada, poderiam ter mudado o jogo, para ambos os lados.


Guilherme Carinhato
Equipe TAKTIKUS

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